No
coração hospedava uma espécie rara de trepadeira, que não se fixava fácil. A
trepadeira era mais indicada para o uso vertical, por meio, talvez, e se me
lembro bem, de ventosas. Tentou aderir às superfícies, ainda inibida pela
solidão que tudo que é novo traz, e foi
se espalhando, como se espalham os ventos violentos no sertão. Feito a ressaca do mar. Se enveredou, com
nada nas mãos, com mil horas num dia, mil as formas de se viver. E se refazia, conhecia, tateava cada
centímetro daquilo que agora estava dentro, in.
E era bom, como um samba de Vinícius de Moraes, e pelo que há dentro, no
fundo em nosso ser, acordo pensando que a trepadeira, na verdade, era um simples abraço seu.
Em “Morra, Amor”, depressão, loucura e maternidade são vistas pela ótica
sempre inquietante de Lynne Ramsay
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I’m stuck between wanting to do something and not wanting to do anything at
all. Direção: Lynne Ramsay Roteiro: Alice Birch, Enda Walsh e Lynne Ramsay,
bas...
Há 19 horas

Singelo. Singelo e o suficiente.
ResponderExcluirBeijo pra ti.