A morte sempre foge as nossas tentativas de entendê-la, as palavras não dão conta de explicar a morte, no entanto não podemos evitar a morte e nem nos calar sobre ela. A representação não nos deixar sair daquilo que pode ser pensado, é um espécie de linearidade burra que não nos deixa, absolutamente, construir a desconstrução. Deve ser por isso que para falar da morte repetimos frases prontas, explicações que herdamos da nossa família, das religiões, do nosso contexto cultural. O que Deleuze propõe é que abandonemos essas frases feitas sobre a morte para criarmos o nosso próprio texto sobre ela. É como se tivéssemos que explicar a morte sem nunca ter ouvido falar dela. É como se fôssemos os primeiros a inventar um significado para ela e fazer da morte um acontecimento, isto é, um belo movimento de vida. A morte como horizonte.
Daniel Lins – filósofo contemporâneo
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