28 de nov. de 2010

Hoje é o sempre.


Não entendo o que me leva por caminhos desconhecidos, curvas tracejadas e sinuosas, e muito menos a vontade que tenho de vê-los e cheirá-los tal qual cão faminto. Talvez se assemelhe ao trabalho de um grande perito, que analisa cada ângulo da cena de um crime até decodificá-lo, de modo que o que era mistério, ilusão, se torne ao alcance das mãos. Mas em matéria de vida é mais complicado, é lento, tem morada no porvir. Um porvir do porvir, que não vem nunca, nem virá, e que é alimentado pelo instinto de proteção, consolo, abrigo, numa réplica de nosso estado embrionário. Por vir de um azul, desorienta e encanta, tendo na dúvida uma beleza misteriosa, que quando aliada ao tempo (implacável) nos tira qualquer orgulho ou presunção e nos mostra que a arte de (sobre, com, como) viver é reinventar todos os dias. Somos nossas reinvenções e quando reinventamos mais amor, mais atitudes, mais livros, mais música e mais liberdade, o presente, o passado e o futuro são desmistificados pra, então, as cortinas da vida se abrirem pra que dê início a um grande espetáculo que, por si, não sabe por que o é, mas existe e espetacularmente vive.Viverá.

Um comentário:

  1. Lindo, muito lindo! Bruuu escolhi seu blogue para ser homenageado. É uma ação que acontece entre bogueiros. Passe no meu blogue, pegue seu selo e siga as instruções para participar. É legal, ajuda a divulgar seu blogue e reconhecer os blogues que vc lê. Beijos.

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