A
inspiração de escrever tem passado. Mas não de se emocionar. Ou seria a sequência
dos eventos que tem atravancado o caminhar das palavras. Tenho mudado a minha voz,
rara nos últimos dias, e também meus segredos. Segredos. Ah, os segredos. E a
beleza de decifrá-los em mim e em você. É incrível o quão obscuros somos diante de
nós. Esqueça: gordura, ossos, músculos,
veias, cavas ou não. 65% Oxigênio. E 18 % Carbono. Somos tão mais misteriosos que
estas estatísticas comunistas. Um poço, profundo, eterno. Marcado e talvez
nunca regenerado. Se cavado até o âmago dos túmulos, somos vontades adiadas.
Deleites antecipados. Uma flor sem limites, um manicômio de criaturas. E ainda
afirmam dos 10% de Hidrogênio. Se a
revelação viesse com verdade, sem pudor, não alcançaríamos os nossos gemidos e nosso
ignóbil silêncio. Dói, olhar para o mundo e ver essa viscosidade sem vida. Suas
tristezas solidificadas, o que não mudam com a ordem geográfica. Essa é a nossa grande unificação, nosso laço
mais estreito e sem fim: a dor de
existir do resto humano que usa cocaína com bicarbonato de sódio nas estações
de metrô, brasileiras e europeias, é a mesma do businessman, aparentemente blindado, que dirige seu
Porsche Panamera pela avenida que uma senhora observa, de sua janela, a
frenética movimentação dos cadáveres. Se
vive em vão. No peito, nem sonho. A vida maltratada ou mal escolhida. E o mesmo
soluço e nunca o encontro. Dói.
Qual o futuro do PapodeHomem e do Instituto PDH?
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Boas conversas para meninos e homens. Esse é o futuro deste site. A casa
anda vazia, eu sei. Mas puxe uma cadeira que ela ainda é sua. Vou desfiar
um par...
Há 4 semanas
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