20 de set. de 2012

Movimento

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Não conjugo o pretério imperfeito do subjuntivo, se eu partisse, se tu partisses. Do imperativo me faço, quantas vezes forem necessárias, numa sequência infinita e, volto, sempre que me conjugar. Parta, leave, verlassen, para qualquer lugar, por fora, por dentro, onde todas as raças e o insignificante se cruzam, quebre o espelho, espatife o coração. O mundo é longe. Nosso corpo está fechado. Mude de cor, transfigure seu espírito. Aprenda com a realidade. Queira viver, melhor, cultive o bem e a felicidade, até seu miocárdio sair do palco e nunca mais atuar. Assenta a poeira, clareia, num movimento preciso. Um dia seremos só memória, quiçá. As dores estão aí, pairando, sempre estarão. Mas em estado de nuvem, sempre passam. Não se iluda, não há crescimento sem sofrimento, o maior educador que temos. Com ele lidamos com o desprotegido, o desconexo, de repente. Esteja sozinho sem medo. Se perca. Compomos o destino com nossas jornadas. Esteja de portas e janelas abertas, para sempre.

16 de set. de 2012

Vulnerabilidade

                                                          

- Era uma vez um cara que queria descobrir as ranhuras nas pessoas. As rachaduras mais difíceis.
- Mas não é todo mundo que expõe isso. Não é todo mundo que sabe que as tem.
- Todo mundo é vulnerável.
- É que tem gente que esconde isso a todo custo.
- E descobrir a vulnerabilidade das pessoas é legal?
- É humano. É o "de verdade". O resto são sorrisos automáticos e fotos felizes nos murais.
- Dig in deeper.
- For sure. 

                                                                 Fabrício Teixeira